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sábado, 2 de novembro de 2019

"ZORRO, nasce uma lenda".

ZORRO, nasce uma lenda.
Direção: Ulysses Cruz.
Ao som de Gipsy Kings "ZORRO, nasce uma lenda" faz parte da comemoração dos 100 anos do primeiro herói mascarado do mundo.O musical é imersivo e ambientado em uma taberna, repleto de dança, lutas, efeitos especiais e nove músicos em cena. 

O espetáculo conta a história de Don Diego de La Vega, um jovem membro da aristocracia californiana em meados do século XIX , durante a era do domínio mexicano. Após longo período de estudos na Europa, Don Diego volta a Califórnia e assume a identidade secreta de ‘Zorro’ – um herói idealista e mascarado que luta pela liberdade de seu povo. Criado em 1919 pelo escritor norte-americano Johnston McCulley, o personagem possui uma das histórias mais contadas de todos os tempos, através dos quadrinhos, filmes e produções teatrais.
 
Elenco:
Bruno Fagundes (Zorro)
Marcos Mion (Vilão Ramon)
Leticia Spiller (Cigana Inêz)
Nicole Rosemberg (Luisa, par romântico do herói)
Javier Berteloot
André Luiz Odin
Talita Real
Fernando Marianno
Luana Zehnun
André Torquato
Maysa Mundim
Daniel Cabral
Mari Saraiva
Ygor Zago
Carol Isolani
Lucas Nunes
Demetrio Sanches
Jef de Lima
Temporada até Novembro.
033 Rooftop.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Dorotéia.

DOROTÉIA
Releitura do clássico de Nelson Rodrigues
Direção e Encenação Jorge Farjalla
Direção Musical João Paulo Mendonça
Escrita em 1949, Dorotéia fecha o ciclo das obras do teatro desagradável de Nelson Rodrigues, intitulado pelo crítico Sábato Magaldi como “peças míticas” sendo a única farsa escrita pelo autor. O texto é uma ode à beleza da mulher onde a heroína, título da obra, segue em busca da destruição de sua própria beleza para se igualar a feiura de suas primas Dona Flávia, Maura e Carmelita.
Matriarca da família, Dona Flávia recebe Dorotéia, ex-prostituta que largou a profissão após a morte do filho e vai buscar abrigo na casa de suas primas, onde vivem também Maura e Carmelita, num espaço sem quartos e onde há 20 não entram homens. Três viúvas puritanas e feias que não dormem para não sonhar e, portanto, condenadas à desumanização e à negação do corpo, dos sentimentos e da sexualidade. Arrependida, Dorotéia procura abrigo na sua família e é, em alguns momentos, questionada por Dona Flávia, a prima mais velha, que, mesmo com sua raiva, implicância e orgulho, faz de tudo para removê-la da ideia, às vezes com uma nesga de afeto, de fragilidade e disfarçados gestos de acolhimento, mas contando que ela aceite as condições de viver naquela casa. 
Dorotéia, linda e amorosa, nega o destino e entrega-se aos prazeres sexuais. Este é seu crime, e por ele pagará com a vida do filho e buscando a sua remissão. Na história desta família de mulheres, o drama se inicia com o pecado da avó que amou um homem e casou-se com outro. É neste momento que recai sobre todas as gerações de mulheres da família a “maldição do amor”. Elas estão condenadas a ter um defeito de visão que as impede de ver qualquer homem, se casam com um marido invisível e sofrem da náusea nupcial – único sinal de contato que teriam em toda vida com o sexo masculino. Em troca de abrigo, Dorotéia aceita se tornar tão feia e puritana como as primas.
O motivo central que organiza a peça é o dilaceramento do espírito humano e o delírio que se constitui através da fissura, das vontades. As personagens são “fissuradas” por algo que não podem ter: o sexo. A convivência entre prazer e pureza em que ao mesmo tempo são cortadas ao meio pela tensão daí decorrente, que termina por destruir as formas de vida, ou seja, a personagem central pecou e se arrependeu. Arrependeu? Nem tanto, pois sob a instigação de Dona Flávia, para concluir sua purificação pela feiura e pela doença incurável deve pecar novamente com Nepomuceno, o senhor das chagas. Dorotéia é uma mistura de sonho, pesadelo, desatino e destino irremediável. Por um momento paira a esperança de que a maldição não se cumprirá, mas ela é irreconhecível.
Elenco: Rosamaria Murtinho, Leticia Spiller, Alexia Dechamps, Anna Machado, Dida Camero, Jaqueline Farias, André Américo, Daniel Martins, Du Machado, Fernando Gajo, Pablo Vares e Rafael Kalil.
Informações da página oficial: Morente Forte.
 Teatro Cetip
Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 19h
Duração: 90 minutos