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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Gaslight.

Gaslight - uma Relação Tóxica.
Gaslight - uma Relação Tóxica, o último trabalho de Jô Soares (tradução e direção), de uma das peças de maior sucesso da história da Broadway.
Este espetáculo retrata a violência física e psicológica que as mulheres sofriam (e continuam sofrendo), na sociedade. Em Gaslight - uma Relação Tóxica, a personagem feminina é constantemente invalidada e desacreditada, a ponto dela mesma começar a duvidar da sua sanidade mental.
A montagem está perfeita e a atuação de todos, sem defeito. Gaslight - uma Relação Tóxica é um drama cheio de suspense, que nos deixa sem ar durante boa parte da peça, principalmente por causa do jogo de manipulação, e da sensação de perigo que uma das personagens sofre. Vale muito a pena.
Sinopse: A peça retrata um casal em conflito. Jack (Giovani Tozi), no inicio do casamento, se mostrava doce e apaixonado. No entanto, sob a alegação de que sua mulher Bella (Erica Montanheiro) sofre de algum tipo de desequilíbrio mental, revela-se um homem impaciente e menos cordial. A esposa sente que está ficando louca, mas ao buscar o amparo do companheiro para lidar com a suposta doença, encontra apenas a resistência do homem, que justifica não ter mais forças para lidar com a situação. A complicação do diagnóstico de Bella é acompanhada de perto pela fiel governanta Elizabeth (Neusa Maria Faro) e pela jovem e extrovertida Nancy (Kéfera), a nova arrumadeira do casarão. Ralf (Leandro Lima), um inspetor de polícia, possui uma ligação curiosa com a casa, agora habitada pelo casal. Essa relação pode despertar fantasmas do passado que ainda habitam os cômodos com seus segredos, e podem revelar grandes surpresas.
Elenco: Érica Montanheiro, Giovani Tozi, Kéfera, Leandro Lima Neusa Maria Faro
Kéfera e Leandro Lima.
Erica Montanheiro, Giovani Tozi e Neusa Maria Faro.
Homenagem a Jô Soares no final do espetáculo.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

" A noite de 16 de Janeiro".

 " A noite de 16 de Janeiro".
Direçaõ: Jô Soares.
No dia 16 de janeiro de 1934, um homem despencou de um dos prédios mais imponentes da Ilha de Manhattan, em Nova Iork.
O corpo, encontrado desfigurado, na calçada, era do grande financista sueco Bjorn Faulkner.
A causa da morte ainda é um mistério, mas a principal suspeita é a secretaria e amante de Bjorn, Andrea Karen.
No julgamento os jurados decidirão, com base nas provas apresentadas em juízo, de acordo com duas teses: assassinato ou suicídio.
A noite de 16 de janeiro é um drama de tribunal sobre o mistério que envolve a morte de Bjorn Faulkner, um mega empresário inescrupuloso, amante de longa data da acusada Andrea Karen. Embora não totalmente original, o engajamento da audiência foi crucial para destruir as convenções de uma Broadway complacente e monotonia, desesperada por sobrevivência no ambiente de uma Nova York que ainda buscava recuperar-se dos efeitos devastadores da Grande Depressao de 1929. Esse artificio também tinha por objetivo testar as crenças e os valores da plateia, utilizando-se dos primeiros elementos que viviam a compor o seu conceito de "propósito de vida" e as bases do "objetivismo".
A peça é apresentada em um plano-sequência, sem interpolações temporais. O que o espectador assiste é o conjunto integral dos elementos probatórios colocados a sua disposição para decisão. A direção de Jô Soares foi fiel ao roteiro idealizado por Ayn Rand para um ambiente jurídico-processual norte-americano, por exemplo, tendo optado por manter o conselho de sentença com 12 jurados ao invés de 7 como se dá no direito brasileiro. Em caso de empate, aí teremos uma liberdade maior: não haverá mistrial (e um novo julgamento), mas a aplicação do princípio in dubio pro reo.
Informações retiradas do programa da peça.
Elenco: Jô Soares, Marco Antônio Pâmio, Cássio Scapin, Guta Ruiz, Giovani Tozi, Mariana Melgaço, Paulo Marcos, Nicolas Trevijano, Luciano Schwak, Felipe Palhares, Tuna Dwek, Erica Montanheiro, Norival Rizzo, Kiko Bertholini, Nilton Levy.
Teatro Tuca.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Histeria.

Histeria
De: Tery Johnson
Tradução e Direção: Jô soares
Ontem foi o dia de ver a peça Histeria. Uma ótima comédia que narra o encontro entre Sigmund Freud (o pai da psicanálise), e Salvador Dalí (o mestre do Surrealismo). O confronto entre A psiquê humana e o delírio imáginário  na mesma peça. 
Elenco espetacular, tema interessantíssimo em um texto inteligente. Melhor, impossível. 
Em 1938, o pintor surrealista Salvador Dalí visita o pai da psicanálise Sigmund Freud, este já padecendo de uma doença incurável e às portas da morte. Freud havia recentemente escapado da Europa nazista e estabelecera-se em Londres.  Deste encontro histórico, e algo inusitado, surge a matéria prima para Histeria.
Durante o episódio retratado na peça, as certezas de Freud são questionadas por duas outras personagens, enquanto a obra de Dali é satirizada numa visão auto parodiada dele próprio. Entre diálogos inteligentes, situações farsescas, ritmo frenético e até alucinações, surge uma das “encruzilhadas” do texto: retirar a essência do mito é minar o fundamento da fé?
Utilizando a linguagem do humor, onde a comunicação é privilegiada para que o público possa mergulhar em temáticas complexas e não cotidianas, o autor coloca “respiros dramatúrgicos” para que reflexões mais profundas possam ser feitas. Artimanha usada para em seguida arremessar a plateia em mais uma vertiginosa sequencia de situações hilariantes e de apelo popular. Uma grande demonstração da elaborada carpintaria teatral de Terry Johnson.
Informações retiradas: Release Morente Forte.
Elenco: Milton Levy, Cassio Scapin, Norival Rizzo e Erica Montanheiro.
Teatro Raul Cortez
Ficará em cartaz até 01 de Outubro.
Outras Informações: Morente Forte
Ingressos: CompreIngressos.