" A noite de 16 de Janeiro".
Direçaõ: Jô Soares.
No dia 16 de janeiro de 1934, um homem despencou de um dos prédios mais imponentes da Ilha de Manhattan, em Nova Iork.
O corpo, encontrado desfigurado, na calçada, era do grande financista sueco Bjorn Faulkner.
A causa da morte ainda é um mistério, mas a principal suspeita é a secretaria e amante de Bjorn, Andrea Karen.
No julgamento os jurados decidirão, com base nas provas apresentadas em juízo, de acordo com duas teses: assassinato ou suicídio.
A noite de 16 de janeiro é um drama de tribunal sobre o mistério que envolve a morte de Bjorn Faulkner, um mega empresário inescrupuloso, amante de longa data da acusada Andrea Karen. Embora não totalmente original, o engajamento da audiência foi crucial para destruir as convenções de uma Broadway complacente e monotonia, desesperada por sobrevivência no ambiente de uma Nova York que ainda buscava recuperar-se dos efeitos devastadores da Grande Depressao de 1929. Esse artificio também tinha por objetivo testar as crenças e os valores da plateia, utilizando-se dos primeiros elementos que viviam a compor o seu conceito de "propósito de vida" e as bases do "objetivismo".
A peça é apresentada em um plano-sequência, sem interpolações temporais. O que o espectador assiste é o conjunto integral dos elementos probatórios colocados a sua disposição para decisão. A direção de Jô Soares foi fiel ao roteiro idealizado por Ayn Rand para um ambiente jurídico-processual norte-americano, por exemplo, tendo optado por manter o conselho de sentença com 12 jurados ao invés de 7 como se dá no direito brasileiro. Em caso de empate, aí teremos uma liberdade maior: não haverá mistrial (e um novo julgamento), mas a aplicação do princípio in dubio pro reo.
Informações retiradas do programa da peça.
Informações retiradas do programa da peça.
Elenco: Jô Soares, Marco Antônio Pâmio, Cássio Scapin, Guta Ruiz, Giovani Tozi, Mariana Melgaço, Paulo Marcos, Nicolas Trevijano, Luciano Schwak, Felipe Palhares, Tuna Dwek, Erica Montanheiro, Norival Rizzo, Kiko Bertholini, Nilton Levy.
Teatro Tuca.
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