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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Dorotéia.

DOROTÉIA
Releitura do clássico de Nelson Rodrigues
Direção e Encenação Jorge Farjalla
Direção Musical João Paulo Mendonça
Escrita em 1949, Dorotéia fecha o ciclo das obras do teatro desagradável de Nelson Rodrigues, intitulado pelo crítico Sábato Magaldi como “peças míticas” sendo a única farsa escrita pelo autor. O texto é uma ode à beleza da mulher onde a heroína, título da obra, segue em busca da destruição de sua própria beleza para se igualar a feiura de suas primas Dona Flávia, Maura e Carmelita.
Matriarca da família, Dona Flávia recebe Dorotéia, ex-prostituta que largou a profissão após a morte do filho e vai buscar abrigo na casa de suas primas, onde vivem também Maura e Carmelita, num espaço sem quartos e onde há 20 não entram homens. Três viúvas puritanas e feias que não dormem para não sonhar e, portanto, condenadas à desumanização e à negação do corpo, dos sentimentos e da sexualidade. Arrependida, Dorotéia procura abrigo na sua família e é, em alguns momentos, questionada por Dona Flávia, a prima mais velha, que, mesmo com sua raiva, implicância e orgulho, faz de tudo para removê-la da ideia, às vezes com uma nesga de afeto, de fragilidade e disfarçados gestos de acolhimento, mas contando que ela aceite as condições de viver naquela casa. 
Dorotéia, linda e amorosa, nega o destino e entrega-se aos prazeres sexuais. Este é seu crime, e por ele pagará com a vida do filho e buscando a sua remissão. Na história desta família de mulheres, o drama se inicia com o pecado da avó que amou um homem e casou-se com outro. É neste momento que recai sobre todas as gerações de mulheres da família a “maldição do amor”. Elas estão condenadas a ter um defeito de visão que as impede de ver qualquer homem, se casam com um marido invisível e sofrem da náusea nupcial – único sinal de contato que teriam em toda vida com o sexo masculino. Em troca de abrigo, Dorotéia aceita se tornar tão feia e puritana como as primas.
O motivo central que organiza a peça é o dilaceramento do espírito humano e o delírio que se constitui através da fissura, das vontades. As personagens são “fissuradas” por algo que não podem ter: o sexo. A convivência entre prazer e pureza em que ao mesmo tempo são cortadas ao meio pela tensão daí decorrente, que termina por destruir as formas de vida, ou seja, a personagem central pecou e se arrependeu. Arrependeu? Nem tanto, pois sob a instigação de Dona Flávia, para concluir sua purificação pela feiura e pela doença incurável deve pecar novamente com Nepomuceno, o senhor das chagas. Dorotéia é uma mistura de sonho, pesadelo, desatino e destino irremediável. Por um momento paira a esperança de que a maldição não se cumprirá, mas ela é irreconhecível.
Elenco: Rosamaria Murtinho, Leticia Spiller, Alexia Dechamps, Anna Machado, Dida Camero, Jaqueline Farias, André Américo, Daniel Martins, Du Machado, Fernando Gajo, Pablo Vares e Rafael Kalil.
Informações da página oficial: Morente Forte.
 Teatro Cetip
Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 19h
Duração: 90 minutos

terça-feira, 28 de março de 2017

Eu Nunca.

Eu Nunca.
Eu Nunca, conta a história de três adolescentes, com vidas opostas, que partilham intimidades e levam o convívio até o limite do suportável. Abordando os dramas e as questões mais urgentes da juventude moderna, a narrativa se da com base nas lembranças e críticas  dos personagens. Sem clichês, a peça leva o espectador a refletir sobre o que passa despercebido no dia a dia. O texto, de criação coletiva e inspirado em As Meninas, de Lygia Fagundes Telles, foi eleito o melhor de 2016 pelo critico Did Carneiro Neto.
Sinopse: Divulgação Teatro Raul Cortez.
Elenco: Gabriela Gama, Júlio Oliveira e Nicholas Torres. 
Até onde você se comprometeria para ajudar um amigo? a peça levanta diversas questões que afeta qualquer pessoa em determinado momento da vida. Peça inteligente, intensa e que vale muito a pena ver.
Segue abaixo um pouco sobre como é cada personagem. 
Maria Eduarda: É uma estudante de direito, regrada e prática. Aparentemente é a mais centrada do trio.
David: Recém saído de casa após a morte do pai, tímido e que nunca consegue dizer não para o amigo Téo.
Téo: Rapaz ambicioso, narcisista, mas que busca esconder os traumas e fraquezas atrás do álcool e das drogas.
Informações: Instagram Peça Eu Nunca.
Fomos na última apresentação, mais a peça voltará em breve. Sigam a peça Eu Nunca nas redes sociais.
https://www.facebook.com/PecaEuNunca/
https://www.instagram.com/pecaeununca/
Teatro Raul Cortez.

terça-feira, 15 de março de 2011

Do Outro Lado - Natsuo Kirino

Do Outro Lado -
Natsuo Kirino.
Sinopse: Nos arredores de Tóquio, quatro mulheres trabalham no extenuante turno da noite de uma fábrica de refeições prontas. sobrecarregadas de tarefas e dívidas pesadas e longe dos maridos e filhos, secretamente sonham com uma saída para suas rotinas sem esperança.
Yayoi Yamamoto é uma jovem mãe vítima de violência doméstica que, incapaz de suportar mais agressões, estrangula o marido infiel, viciado em jogo, e confessa o crime a Masako Katori, sua colega mais próxima. Arrebatada pelas próprias razões, Masako concorda em ajudar a amiga e pede auxílio às outras companheiras de trabalho para livrar-se do corpo.
como prêmio, as mulheres recebem parte do seguro de vida de Yamamoto. Mas isso é apenas o início. O crime bem sucedido, mas não premeditado, e as recompensas que ele traz são embriões de um esquema planejado, violento, com resultados imprevisíveis para as mulheres que o iniciaram.

O que achei: Esse foi o primeiro livro de suspense/terror que li e que me marcou, não consegui parar de ler um só momento. O livro é eletrizante e muito chocante (principalmente na parte que  descreve como desovar um cadáver, é de deixar qualquer um enjoado e amedrontado). O que deixa amedrontado é que geralmente imaginamos um psicopata capaz de fazer algo tão sinistro, e nunca uma pessoa comum, tipo uma senhora pacata com cara de avó.
E gostei de ter lido esse livro, principalmente por retratar os sentimentos das pessoas que vão trabalhar nas fábricas. Como trabalhei bastante como operária, a cada parte que descrevia a rotina do trabalho, do ambiente, das máquinas de café, do desgate físico,... relembrava as minhas experiências com um tantinho de saudade e alívio.
Voltando para o livro, apesar dos capítulos aterrorizantes, o livro é sugoi, é totalmente imprevisível e fascinante. E a escritora explorou muito bem todos os personagens e nos permitia saber o que cada um deles pensava, o que os levava a agir de determinado modo.
Um dos personagens é um brasileiro.
Capa Sinistraaaaaa.