Memórias Póstumas De Brás Cubas.
Musical Cômico - Fantástico
(Machado De Assis).
Uma ótima peça para quem já leu, esta lendo, vai ler ou não vai ler (mais quer saber), sobre um dos maiores clássicos da literatura brasileira.
inspirado no romance homônimo de Machado de Assis, o espetáculo mostra de maneira irônica e cínica, a vida de Brás Cubas. Brás Cubas morre, e para passar o tempo no seu descanso eterno, resolveu escrever um livro de suas memórias. Brás (o defunto-autor), narra o seu nascimento em uma família abastada e tradicional do Rio de Janeiro (o que permitiu que vivesse a vida inteira sem precisar comprar pão com o suor do seu rosto), narra alguns episódios da sua infância, os estudos no exterior, dos amores, do seu amigo Quincas Borba, e tudo contado com humor, deboche e um pouco de pessimismo.
O espetáculo traz uma visão moderna do romance, alicerçando-se esteticamente na carnavalização, salientando a parte filosófica e fantástica de Brás Cubas, em detrimento de uma leitura folhetinesca e realista.
Marcos Damigo está sozinho no palco para viver um Brás Cubas bem-humorado, irreverente, egoísta e amoral. Com uma narrativa não linear, o personagem dialoga com seu público, canta, dança, discorre sobre seus envolvimentos amorosos, lembra a família e os amigos, enquanto passeia pelas agruras da sociedade de seu tempo.
A obra traz à tona toda a atualidade deste livro seminal de Machado de Assis, oferecendo ao público a possibilidade de olhar para um retrato genial da sociedade brasileira no século XIX.
Informações retiradas:Teatro Eva Herz
"Em 1881, quando o romance foi escrito, Memórias Póstumas foi uma explosão de modernidade, dissecando a elite brasileira. Infelizmente, seguimos entendendo cada palavra de Machado de Assis com irônica atualidade. Nestes tempos sombrios, precisamos revirar as tripas corroídas do defunto Brás Cubas para entender por que nossa elite insiste em fingir-se liberal quando essencialmente mantém-se escravocrata."
Regina Galdino.
"O defunto e o ator tem pontos em comum: estão livres das convenções sociais, não respeitam as leis de tempo e espaço e, sobretudo, conseguem olhar para o mundo sem o véu do cotidiano. Regina foi muito feliz nesta adaptação, ao brincar livremente com os códigos teatrais e ao mesmo tempo se manter fiel ao livro. Que felicidade a minha ter sido confiado a esta missão! Toda gratidão a ela, ao Machado e à equipe que tornou essa loucura - porque fazer teatro nos tempos atuais é um ato de resistência - possível."
Marcos Damigo
"Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memorias Póstumas"
Adorei muito a peça, Marcos Damigo simplesmente perfeito e arrasador no papel de Brás Cubas. Que preparo físico, que memória e principalmente que interpretação. Memórias Póstumas e um Espetáculo perfeito que vai além de entreter.
Teatro Eva Herz (Livraria Cultura - Conjunto Nacional)
Quinta e Sexta
As 21H.