O Corte
Mark Ravenhill.
A peça conta a história de Paul, um alto funcionário do Estado. Aparentemente razoável e cioso dos trâmites da administração, Paul aplica o Corte, uma punição cirúrgica ancestral que a opinião pública há muito critica e que a sua própria família combate.
Susan, a sua mulher, vive ensimesmada em dramas domésticos desproporcionados, que amortece com calmantes, enquanto Stephen, seu filho, se envolve em movimentos estudantis pela abolição do Corte. O retrato oblíquo desta família revela uma preocupação latente com o conforto e com a cordialidade, como se fossem o substituto natural do afeto. Quando o poder troca de mãos, perante a força da mudança política e a exigência de que se prestem contas, Paul passa a ser o réu justo, ou o bode expiatório, face a um novo quadro de valores e a um novo modelo de humanidade.
O Corte trará no seu cenário e figurino uma linguagem futurista retrô com referências à Blade Runner, 1984, Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451.
Susan, a sua mulher, vive ensimesmada em dramas domésticos desproporcionados, que amortece com calmantes, enquanto Stephen, seu filho, se envolve em movimentos estudantis pela abolição do Corte. O retrato oblíquo desta família revela uma preocupação latente com o conforto e com a cordialidade, como se fossem o substituto natural do afeto. Quando o poder troca de mãos, perante a força da mudança política e a exigência de que se prestem contas, Paul passa a ser o réu justo, ou o bode expiatório, face a um novo quadro de valores e a um novo modelo de humanidade.
O Corte trará no seu cenário e figurino uma linguagem futurista retrô com referências à Blade Runner, 1984, Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451.
Sinopse: Teatro Faap.
"A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor a sua escravidão."
Aldous Huxley.
O Corte nada mais é do que privar alguém do livre arbítrio de escolha, colocar as nossas decisões nas mãos de alguém, ou ser forçado a isso. Para o bem ou para o mal, só o tempo dirá.
O Corte nos deu a sensação de que realmente vivemos em um mundo distópico. Os cidadãos menos favorecidos vivem uma espécie de vida de gado. Alguns tentam mudar este "sistema", mas acabam sendo descobertos e este acaba criando maneiras de colocar todos em um modo intelectualmente vegetativo.
No caso do poder político mudar de mãos, (será que mudou mesmo?), foi só um jogo para ludibriar a população ou a revolução realmente existe? Afinal, os revolucionários querem derrubar o poder político dominante por ideologias ou para passarem a ser o lado dominante??
Vide Jogos vorazes, Divergente, Laranja Mecânica...
Vide Jogos vorazes, Divergente, Laranja Mecânica...
Elenco: Hélio Cicero, Felipe Hintze, Adriana Pires, Felipe Ramos, Priscila Castello Branco e Michelle Sampaio.
Direção: Daniel Lopes.
Teatro FAAP – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis. 506 lugares.
Dias e horários: Quartas e quintas às 20h
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia entrada).
Recomendação: 14 anos
Duração: 70 minutos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia entrada).
Recomendação: 14 anos
Duração: 70 minutos