O Abajur Lilás.
(Plínio Marcos).
Escrito em 1969, o espetáculo conta a história das prostitutas Dilma, Célia e Leninha, exploradas pelo homossexual Giro, dono do mocó - gíria pra esconderijo ou local secreto - onde toda a ação se desenvolve. Embora dividam o quarto e a sórdida realidade, as três mulheres pouco têm em comum no que diz respeito à maneira de lidar com a arbitrária dominação de Giro, cafetão que para mantê-las sob controle se vale da violência praticada pelo truculento guarda-costas Osvaldo. Dilma, mãe de um filho, vive torturada em sua mal contida submissão, procurando se adaptar para não perder o mínimo de que dispõe para seguir em frente. A reação de Célia é impulsiva e desordenada, ela luta incansável e visceralmente por sua independência, em permanente confronto com Giro. Já a novata Leninha, profundamente individualista, sobrevive às custas das pequenas ilusórias regalias que busca obter do cafetão. Nesse ambiente hostil e degradado, um abajur - propositadamente quebrado - deflagra o fatal conflito, que, em uma crescente de violência e sadismo, conduz a trama ao implacável fim. O Abajur Lilás é uma reflexão em forma de teatro sobre o ser humano, seus limites, paixões e fracassos. A peça se destaca como uma obra impecável da dramaturgia brasileira, com seu texto construído dentro do realismo, marca registrada de Plínio Marcos.(Sinopse retirada do livreto da peça).
Monica Camillo, Roseane Paulo, Orleyd Faya, Nuno Leal Maia e Felipe Dias.
Muito bom o texto (que continua atualíssimo) e foi ótimo ver novamente o Nuno Leal em ação em um papel tenso e ao mesmo tempo divertido.
Teatro do Sesi-SP.
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