Naomi.

Naomi (Ou Amor Insensato)

 Junichiro Tanizaki .

contém revelações sobre o enredo (spoilers). Só leia esse post se tiver lido o livro ou se não se importar com os spoilers.

Aos 15 anos, Naomi trabalhava como recepcionista em um Café frequentado por Joji, um engenheiro de 30 anos que ficou fascinado por ela, por sua aparência melancólica e ocidentalizada (fato que era motivo de orgulho, visto a frequente influência ocidental em voga no Japão). 

Joji era considerado um bom partido, morava sozinho numa pensão e ganhava bem, por isso não houve obstáculo para a família de Naomi aceitar que eles fossem morar juntos (mesmo ela só tendo 15 anos). 

No começo tudo era um mar de flores, muitas brincadeiras inocentes entre os dois e nenhuma chateação. Naomi não tinha obrigação alguma a não ser estudar piano e inglês. Mas a medida que ela foi crescendo, foi se transformando em uma mulher manipuladora e egoista.

Em relação aos dois, não sei de quem eu fiquei com mais raiva, da safada da Naomi ou do banana do Joji, que cara mais mané, tinha um ódio dele que nem conto, hahaha...o pior que existe pessoas tanto do (des)nível dela, como do dele. 

O livro é bom, pode parecer contraditório dizer que é bom e meter o pau nos persongens, mais sinceramente o livro é bom. O escritor foge completamente dos clichês e tem um modo de escrever maravilhoso,  tudo é muito real. Só que para mim não rolou química, não gosto de livros onde eu não sinta uma certa afeição ou torça por algum dos personagens. 

A Naomi  era super porquinha, preguiçosa e dissimulada, e o Joji um dos maiores cornos da literatura universal, tinha raiva mortal dos dois, dela por ser tão miseravelmente ruim e ele por se deixar fazer de capacho.